Sabemos que aprender sobre finanças pode ser uma grande sopa de letrinhas. Mas como temos o compromisso com sua educação financeira vamos esclarecer tudo para você.
Vamos começar por uma das coisas que mais nos impactam aqui no Brasil, a bendita INFLAÇÃO.
Inflação nada mais é que o seu dinheiro perdendo valor com o tempo.
Sempre gosto de usar como exemplo uma latinha de Coca-Cola. Essa latinha nos anos 2000 custava R$0,65, em 2010 ela custava R$1,70 e em 2020 custava R$3,00. A mesma latinha de Coca-Cola fica mais cara a cada ano que passa e se o seu salário e investimentos não acompanharem, cada ano que passa você conseguirá comprar cada vez MENOS latinhas de Coca-Cola.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é a inflação que faz o preço das coisas aumentarem(na maioria dos casos) mas sim o preço das coisas aumentando que eleva a inflação.
A alta da inflação pode ocorrer devido à vários fatores.
O primeiro fator pode ocorrer quando muitas pessoas desejarem comprar algo limitado, por exemplo os carros novos na pandemia que haviam diminuido a produção devido às quarentenas. Qual foi o efeito colateral disso? Aumento do preço dos carros usados, ou seja, aumento na inflação.
Outro fator pode ocorrer quando a procura por determinado produto permanece a mesma mas os custos de produção são aumentados. Pegando ainda como exemplo o carro, imagine que o custo com o plástico e a borracha sejam aumentados, isso impactará no preço do carro, aumentando assim a inflação. Existem outros fatores mas acredito que você já tenha entendido o que geralmente ocorre para o preço das coisas aumentarem.
IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e é o nosso índice oficial de inflação no Brasil. Você consegue encontrá-lo facilmente no site do Banco Central. Se pegarmos uma média dos últimos 23 anos de inflação no Brasil, costumamos encontrar um aumento no preços das coisas de 6,45% ao ano.
Se a variação do seu salário ou dos seus investimentos for menor que o IPCA, você está PERDENDO poder de compra, se a variação for igual, você está MANTENDO seu poder de compra e se a variação for maior você está GANHANDO poder de compra.
Seguindo para outro conceito básico, precisamos falar da nossa TAXA SELIC.
Ela é a nossa taxa básica de juros e ela impacta em muitas coisas na sua vida.
A cada 45 dias o COPOM, que é uma organização dentro do Banco Central, se reúne para definir qual será a nova Taxa Selic pelos próximos 45 dias. Quando ela sobe empréstimos, financiamentos e rendimentos da renda fixa sobem junto e quando ela desce, eles descem junto também.
Quando a inflação está muito alta, como medida de tentar reduzi-la, o Banco Central costuma aumentar a Taxa Selic para que as pessoas "gastem menos" e a inflação abaixe consequentemente.
Se a SELIC cai as empresas tomam empréstimos mais baratos e expandem seus negócios, ao expandir elas contratam mais pessoas e essas pessoas que talvez estavam desempregadas ou estagnadas financeiramente começam a consumir mais e isso movimenta a economia positivamente.
Você também consegue encontrá-la facilmente no site do Banco Central. Se pegarmos uma média dos últimos 23 anos de Taxa Selic no Brasil, encontramos uma taxa média de 12,50% ao ano.
Precisamos falar também dos Juros Compostos
Este nada mais é que os juros que você vai receber ao investir o seu dinheiro. Os juros compostos se baseiam no total investido mais os juros que se acumulam em cada período.
A fórmula para se calcular os juros compostos é:
M = C (1 + i)^t
M = Montante Final
C = Capital Investido
i = Taxa de juros do investimento
t = período de tempo do investimento
Nesta fórmula podemos observar que quanto maior for a taxa de juros obtida e especialmente o tempo em que você deixa seu investimento aplicado, maior será o montante resgatado no final.
Quando esse tempo é pequeno, ainda que você tenha uma taxa de juros muito alta, o montante final será muito parecido com o capital investido. Mas como podemos ver na Figura 3, quanto maior for este tempo, maior será o montante recolhido e a discrepância será extremamente interessante.
Você pode potencializar o efeito dos juros compostos prorrogando ao máximo o pagamento de impostos(de forma legal) e reinvestindo os dividendos, cupons de renda fixa e juros recebidos.
Agora saindo um pouco do economês, precisamos falar de conceitos de planejamento financeiro começando pela diferença entre Padrão de Vida e Qualidade de Vida.
Padrão de Vida é o quanto você gasta frente ao quanto que você ganha e Qualidade de Vida é o quanto você aproveita, é o seu lazer.
Conseguimos sim ter qualidade de vida dentro de um padrão de vida adequado.
Se você vive há muito tempo com um padrão de vida superior ao que o seu salário comporta, provavelmente você já deve se encontrar em algum endividamento. E para que você tenha uma vida financeira saudável, o mais recomendado é que você faça ajustes no seu orçamento para adaptar o seu padrão de vida.
Porém, ainda que você gaste menos, é bem importante que você tenha seus momentos de lazer. Talvez algumas mudanças precisam ser feitas, seja na frequência ou seja no valor desse lazer. Mas é importante que você os façam caber no orçamento.
Entre na Luma e enxugue um pouquinho de cada um dos seus gastos orçados na tela de "Finanças" ou se proponha a aumentar suas receitas para que o seu balanço estimado na "Home" fique igual a zero.
Ativos e Passivos
Ativos podem ser seu salário, bônus, aluguéis, investimentos, sua empresa e tudo o mais que te ajuda a fazer e multiplicar o seu dinheiro.
Passivos podem ser sua casa própria, seu carro, seus empréstimos, financiamentos e tudo o mais que te faz gastar mais e mais dinheiro.
E não se iluda, se você financiou um imóvel para colocar para alugar, você tem um passivo muito grande para um ativo pequeno. Agora se você comprou um carro para ser Uber, você tem um passivo pequeno e um ativo grande.
A receitinha para ficar rico é fazer mais ativos e menos passivos. Por isso, busque sempre produzir mais dinheiro, investir todos os meses, evitar ao máximo fazer passivos e tentar utilizar de estratégias para quitas os passivos que você tem o mais rápido possível.
Gerar x Gerir
Gastamos muito dinheiro e tempo da nossa vida aprendendo como gerar dinheiro. Anos na escola, faculdade, na pós graduação para aprender a fazer cada vez mais dinheiro.
Entretanto, quando o assunto é aprender a gerir o nosso dinheiro, cuidar dele, ninguém quer gastar nem R$1,00 e nem 1 segundo.
Não adianta nada você querer emagrecer e não fazer dieta nem exercícios. Se você quer mudar sua realidade financeira você precisará tirar tempo da sua vida para isso. Aqui na Luma recomendamos que você dedique ao menos 30 minutos da sua semana para isso. Seja para lançar seus gastos, administrar seus investimentos, gerir as suas dívidas, etc.
Talvez você possa estar se falando: "Eu não tenho dinheiro, como vou aprender a cuidar?". E é aqui que eu te digo: você só saberá cuidar de muito dinheiro se um dia você soube cuidar de pouco dinheiro, e a chance de você conseguir mais dinheiro só porque você aprendeu a cuidar do pouco é muito grande. Lembre-se das muitas histórias de ganhadores de BBB, loteria e herança que perderam tudo.
Ou até mesmo pode estar se dizendo: "Eu não sei/gosto de finanças". E é aqui que eu te digo: somos adultos e adultos fazem o que precisa ser feito e não somente o que gostam. Aprender a cuidar do seu dinheiro não é difícil, demanda pouco esforço para aprender e estamos aqui para te ajudar em cada passo.
Com todos esses conceitos você está preparado e preparada para evoluir no seu planejamento financeiro. Juntos podemos mudar a realidade financeira do nosso querido Brasil!!!